terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Sobre Entropia,Realidades,Mentes,Satan e Café

Aviso: Nesse texto eu irei estuprar a tua mente até você não saber mais o que é real,leia pela sua pela sua conta e risco ou não leia caso você ame a ignorância.

Quando eu tinha 8 ou 9 anos, eu encontrei uma revista pornográfica no quarto do meu irmão mais velho,era uma playboy da Kelly Key,mais depois de muito olhar e examinar aquela revista acabou se perdendo a graça,lembro que por algum motivo peguei uma lupa e quando fui examinar minuciosamente aquela revista encontrei algo perturbador,você não é pode imaginar o tamanho do  meu desapontamento quando descobri ao examinar as fotos com uma lente e perceber que tudo o que podia ver eram apenas pequenos pontinhos que formavam as imagens da Kelly Key nua.
Mais tarde tive uma decepção maior ao saber que até mesmo a mais bela garota que puder tocar ainda sim não será nada mais do que pequenos pontinhos na minha mente: como num jogo para computador!
Quando eu penso em tudo isso apenas duas ideias filosóficas se passam na minha mente: A pré-visualização/Piscometafísica do princípio Anerístico e a Entropia/Negentropia/CHAOS em outras palavras o universo é a contraditória (des)harmonia entre a eterna novidade e a a totalidade simultânea.

Entropia com um gole de café 



"Destruição é uma forma de criação. Dessa forma o fato deles queimarem o dinheiro é irônico. Eles só querem saber o que acontece quando destroem o mundo. Eles querem mudar as coisas."' - Comentário do personagem Donnie Darko sobre o  conto The Destructors, de Graham Greene no filme Donnie Darko de 2001 do diretor Richard Kelly.
Todo mundo conhece a piada do físico que não gostava de colocar açúcar no café. Uma vez perguntaram o por quê disso e ele respondeu que não gostava de mexer o café para não aumentar a entrpia do universo. Todo mundo ri. Rufam os tambores. As luzes se apagam e a piada termina. Mas a entropia continua, para sempre.A entropia é em si um fenômeno curioso. Ela tem uma importância gigantesca a curto, médio e longo prazo, afetando de forma direta a sobrevivência humana mas não é divulgada e nem conhecida pelo grande público.Este termo foi usado a primeira vez em 1850 por Rudolf Julius Emmanuel Clausius. Sim ele era físico; sim, provavelmente ele entederia a piada do café e não, com certeza ele não riria dela. A palavra nasceu da união de dois termos gregos "en" - em, sobre, perto de - e "tropêe" - mudança, o voltar-se, alternativa, trocaevolução. Para entendermos para quê o conceito de entropia foi criado vamos dar um rápido mergulho na piscina da física.
A termodinâmica é o ramo da Física que estuda o movimento da energia e como a energia cria movimento. Na prática o que houve é que quando descobriram que podiam usar o fogo para ferver água, e esse vapor de água para movimentar coisas como locomotivas surgiu a necessidade de se aumentar a eficiência dessas máquina a vapor. Assim que começaram a se estudar como a energia do calor se movimentava perceberam que ela respondia a certos padrões e obedeciam certas leis. Por exemplo: toda energia é constante, ela não aparece ou desaparece do nada, apenas se move de um lado para outro e pode ser transformada em outras formas de energia ou em trabalho. O truque então era descobrir como criar um sistema onde energia virasse trabalho e pudesse de quebra gerar energia de novo que pudesse realizar o mesmo trabalho. Imagine criarem uma engenhoca movida a corda, como um relógio. Quando damos corda um prato gira, como uma vitrola, e essa prato faz o dispositivo que dá corda girar. Você não precisaria nunca mais dar corda na engenhoca, ela funcionaria para sempre. Todos estavam empolgados com isso, mas ai tropeçaram na segunda lei da termodinâmica que dizia que "é ímpossível uma transformação cujo resultado final seja transformar em trabalho todo o calor extraído de uma fonte", ou seja em todo processo existe um desvio de energia que não pode ser recuperada. O universo tem uma quantidade de energia limitada. Essa energia pode ser transformada em outros tipos de energia. Essa transformação é uma via de mão única. Você pode colocar lenha em uma caldeira de locomotiva, tacar fogo nela, gerar vapor que faz a locomotiva andar, mas não pode empurrar uma locomotiva para trás para que o movimento crie vapor e apague o fogo te devolvendo um pedaço de madeira intocado do outro lado.
Esse processo de mudança, essa entropia, tem uma tendência natural de chegar ao seu valor máximo, independente do que façamos com a energia
Embora em um primeiro instante isso possa parecer um papo que deve deixar os físicos eretos e molhadinhos, o que ele tem a ver com o dia a dia dos seres humanos normais - os não físicos?
Vejamos... energia não se cria nem desaparece, mas se converte, essa conversão não pode ser revertida. Se energia total do universo é constante e a entropia total está em contínuo aumento nós estamos em um universo que se degrada contínua e eternamente. 
Vale lembrar que algo que está constantemente em mudança é algo que não tem uma forma definida, não possui uma ordem duradoura. Entropia também é chamada de desordem e caos. E agora, qual a sensação de estar amarrado em um trem desgovernado rumo ao caos total? Seria bem mais divertido se isso se aplicasse apenas a máquinas a vapor.
Recentemente, foi publicado na Europa a tradução atualizada do clássico Enthropy de Jeremy Rifkin, que apresenta a tendência universal de todos os sistemas - incluídos os econômicos, sociais e ambientais - a passar de uma situação de ordem à crescente desordem. Aparentemente as leis da termodinâmica não explicam apenas sistemas onde existe calor em movimento, mas praticamente qualquer sistema, e a conclusão de que o caos se aproxima é a única certeza que podemos ter.
Mas se esse fim da energia e essa degradação são fatos comprovados, por que perdemos tempo com obras de ficção como aquecimento global ou reforma agrária ao invés de focar no que interessa? É simples, nós nos educamos a não enxergar isso.
Conseguimos, depois de séculos, criar para nós mesmos uma visão mecanicista do mundo, onde o progresso é inevitável, querendo ou não. Traçamos uma linha que passa por Descartes, Galileu, Bacon, Newton, Locke e Adam Smith, Einstein, Steve Jobs e termina em nós. Olhamos para trás e temos a impressão que estamos evoluindo e logo todos seremos super-pessoas, mais inteligentes, mais magras, mais felizes, só que isso não é real. A lei da entropia mina a idéia da história como progresso. A lei da entropia destrói a idéia de que a ciência e a tecnologia criam um mundo mais ordenado. Nós nos concentramos apenas no que ordenamos e desconsideramos a desordem que essa ordenação causa. Isso é como fazer uma faxina em casa, ensacar o lixo e deixar os sacos dentro da sala. Quantas faxinas você consegue fazer antes de sua própria casa virar um lixão? Bom, sempre podemos jogar o lixo para fora. Mas e quando nossa casa é nosso planeta? Onde fica o fora? Achar que somos uma espécie em evolução te coloca na lista das pessoas que sofrem da síndrome do avestruz.
E a coisa fica mais interessante pelo fato dessas leis da termodinâmica serem uma lei fundamental, e não é preciso que você seja um Einsten para entender o que Einsten disse:
"Uma teoria é tanto mais emocionante quanto mais simples são suas premissas, mais diversas as categorias de fenômenos a que se refere, mais vasto seu campo de aplicabilidade. Esta é a razão pela qual a Termodinâmca clássica sempre me causou profunda impressão: é a única teoria física de conteúdo universal da qual estou convencido que, no campo de aplicação de seus conteúdos basilares, nunca será superada"
Por causa dessa universalidade as pessoas tentam atenuá-la de duas maneiras: apelando para a estatística (não há certeza de algo, apenas uma probabilidade de que ocorra), ou apenas reconhecendo um significado prático para longos ciclos, previstos para períodos cósmicos de tempo (para que me preocupar com o lixo agora se o ponto crítico só vai chegar em alguns milhares de anos?). Veja, se formos lidar com estatísticas, a chance de um sistema ir contra a entropia é a mesma chance evocada pela famosa imagem de milhares de macacos datilografando em máquinas de escrever e,  ao longo de milhares de anos, um deles por acaso escrever Dom Quixote. Quanto aos ciclos cósmicos, sim eles são reais, tão reais quanto os nossos ciclos, que evidentemente, por serem de dimensões humanas e não cósmicas, ocorrem em períodos de tempo muito mais curtos, ao invés de milênios são décadas. O fato indubitável é que a entropia nos afeta radicalmente,essa visão filosófica que eu eu falo é muito bem apresentado como tema do excelente filme cult Donnie Darko no qual o diretor Richard Kelly no qual recomendo muito. 

 

A Janela Da Tua Mente 

 
 Tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele. Por isso o universo de cada um, se resume no tamanho de seu saber. - Albert Einstein



A terceira esfera (Terra) não existe", disse o Sábio.
"Por quê?", perguntou o estudante."Porque o Multiverso, que é onde as três esferas estão, também não existe. O Multiverso é uma Realidade Consensual compartilhada pelas mentes de todos os Seres Sencientes. Se todos morressem, o Multiverso simplesmente desapareceria, não seria mais"."Por quê?", perguntou o estudante."Porque não haveria ninguém pra percebê-lo." - Trecho do enquirídio,da serie animada Aventure Time. 
Mais deixe me explicar melhor,pense assim O Princípio Anerístico é aquele de aparente ordem: a ideia de harmonia ;a visão das coisas impostas por governos tiranos e nós mesmo,foi o princípio Anerístico que levou a pensar(apenas com 8 ou 9 anos) que imagens são totalidades perfeitas em sua forma pura e não um monte pontinhos,e o mesmo que faz a minha mente pensar e descrever a uma linha atrás de aquilo não era uma totalidade perfeita quando na realidade tão ideia é tola..;
Com nosso aparato de criar conceitos, que com que chamamos "mente",nós  olhamos para a realidade através das idéias-sobre-a-realidade que nossas culturas nos dão. As idéias-sobre-a-realidade são erroneamente
rotuladas de "realidade", e pessoas não iluminadas  sempre ficam perplexas pelo fato de que outras pessoas, 
especialmente outras culturas, vêem a "realidade" de uma maneira diferente. São somente as idéias-sobre-a-realidade que diferem. A realidade Real é um nível além do nível de conceito que colocamos em cima delas(mais vale lembrar para todos os niilistas baratos que há realidade sim,pois caso o contrario não haveria mentiras ou falsos conceitos pois o mesmos se baseiam em verdades) Nós olhamos para o mundo através de janelas nas quais foram  desenhadas grades (conceitos). Filosofias diferentes usam  grades diferentes. Uma cultura é um grupo de pessoas com grades bastante similares. Através de uma janela nós vemos  caos, e relacionamo-lo aos pontos na nossa grade, e assim  entendemos ele. A ORDEM está na GRADE. Este é o Princípio Anerístico.  A Filosofia Ocidental preocupa-se tradicionalmente em contrastar uma grade com outra grade, e juntar grades na esperança de encontrar uma perfeita, que vai retratar toda a realidade, e vai, portanto, (dizem os ocidentais não-iluminados) ser Verdadeira. Isto é ilusório. Algumas grades podem ser mais úteis do que outras algumas mais agradáveis do que outras, etc., mas nenhuma pode ser mais Verdadeira do que nenhuma outra. DESORDEM é simplesmente informação não relacionada vista  através de alguma grade particular uma pedra de tropeço que quebra aquela realidade e te torna paranoico como uma farpa na tua mente porém o problema não está no dito ''Erro'' está na grade que define aquilo como caótico ou não,no fim,você apenas está negando a terra pelo céu negando o que está lá,pela a grade na janela.



antes de escrever esse texto eu perguntei as pessoas aleatórias na ruas se uma cincos pedrinhas que estavam na minha mão formavam ou não um pentágrama bem aqueles influenciados pela ilusão anerística disseram que sim,aqueles influenciados pela ilusão da menta também disseram que não,mais eu apenas coloquei no chão e com um pouco de giz liguei as pedrinhas em grande estrela fazendo com que todos ficassem com raiva,por que,pois bem,uma mente desgrudada e louca pode ver todas as possibilidades elas pode ver tudo isso:Estrelas,Planetas,Pentágonos e ''desordem'' por que ela insiste que qualquer das coisas é realmente verdadeira,ou que nenhuma é totalmente verdadeira(ambas ideias chegam ao mesmo DMC).No fim das contas, nossa atitude é uma prostituta a serviço de nossa crença.


Onde Está O Diabo?É Você,Satanás?



''O inferno são os outros.'' - SARTRE, Jean-Paul. Entre Quatro Paredes





Um dos grandes mistérios da neurociência é a nossa consciência. Não se sabe ao certo como ela ocorre e tudo que temos é pressupostos antigos baseados em experiências nazistas da segunda guerra. Essa brecha permite que nós consigamos acreditar no espiritual. Mas acreditar no espiritual nunca foi algo tão difícil para o ser humano, até porque aquilo que mais nos uniu para matar o próximo, foi ele. Ops, desculpe escrevi errado. Quis dizer "amar".  Mas vamos para a Ásia. Depois voltamos a consciência. E pulamos para a inquisição.  Mas mundo moderno não seria o mesmo sem os árabes. Se hoje você abomina o ISIS, EL e afins, lembrem-se que muito antes de destruírem cidades antigas ou resolverem decepar cabeças,  o café que tomamos, a medicina, matemática, a química (até então chamada de alquimia), várias coisas do nosso dia a dia carregam em sua história, o DNA de um povo tão interessante.  Abu Saʿd al-ʿAlaʾ ibn Sahl (c. 940–1000) foi um deles. Ele não foi somente um matemático, físico e engenheiro óptico da Era dourada Islâmica,  Ibn Sahl foi quem descobriu a Lei da Refracção, ao qual em seu tratado On Burning Mirrors and Lenses, utilizado por outro árabe, Abū ʿAlī al-Ḥasan i n al-Ḥasan ibn al-Haytham (965 – c. 1040), ou mais conhecido como Al-Haytham, foi o primeiro a perceber que os nossos olhos recebem a luz e então a traduzem, ao contrario do que os gregos pensavam até então, que nós emitíamos a luz.
Do mesmo modo que a consciência foi um mistério para os filósofos gregos, a principal "função" da consciência foi um mistério - a luz e a tradução da mesma. A neurologia evoluiu graças a experimentos bizarros da medicina, isso inclui abrir crânios com a pessoa viva, passando por espetar o cérebro dela enquanto observa as reações dos sortudos que caíram nessas experiências. Mas tudo isso não passava de uma única busca.  O século X foi recheado de descobertas para os árabes e aprimoramentos de descobertas de outros povos, como o espelho, ao qual nosso amigo Ibn Sahl foi o criador do espelho parabólico. Os espelhos acompanham a humanidade desde 3000 A.C., os primeiros até então, eram apenas pedras e/ou metais polidos, porém  a criação de um espelho feito já com um revestimento de prata é atribuída ao químico alemão Justus von Liebig, quando decorria o ano de 1835. Mas durante toda história os espelhos foram recheados de mistérios. Os judeus antigos temiam que as mulheres olhassem para eles, com medo de que Lilith ou Zahriel, as demônias que viviam neles, pudessem despertar vaidade nelas. O maior problema de um espelho é que ele nos dá consciência de nós mesmos. A pessoa consciente então, iria se perguntar sobre sua origem e a questão novamente iria para o âmbito metafísico. É uma merda. Nunca fugimos disso.  A confissão havia sido conseguida através de métodos violentos de tortura.
Uma histeria coletiva surgiu após a publicação do livro "O Martelo das Bruxas" (1486), pelos monges alemães Heinrich Kramer e Jakob Sprenger, por quase 300 anos, o continente europeu viveu sob as ferozes regras de queimar e caçar as pessoas acusadas de bruxaria.Literalmente, era um manual de processo contra os acusados de bruxaria, que delineava os métodos mais eficazes de se descobrirem as bruxas. Parece que a consciência da existência das bruxas tornavam elas reais.  "O TODO É MENTE" era o que diziam os antigos herméticos. Talvez seja por isso que, conforme a caça prosseguiu, mais e mais bruxas e pessoas ordinárias eram queimadas. Supostamente foram várias pessoas inocentes, livres da abominação da bruxaria. Mas nós sabemos que no fundo mesmo, tudo que queria era amar o próximo.,Ops, quis dizer matar o próximo. 
A palavra consciência por si só carrega um axioma científico. Mas para um texto supostamente metafísico, vou utilizar a palavra espírito. Espírito, vem do latim, spiritus, que significa "ar, sopro". O mesmo conceito se encontra na cabala em Ruach, o sopro da vida. Os egípcios acreditavam que o espírito entra no corpo do recém nascido a partir da primeira inspiração. E que saia na última. Esse mesmo espírito era sustentado pelo prana, a energia vital que aparece em diversas culturas sob nome de Chi, Ki, Mana... O espirito se mantém vivo se alimentando de prana. Em outras palavras sua consciência se mantém lúcida por causa da respiração. As coisas ganham uma clareza espetacular quando usamos um linguajar menos místico.  Coincidência ou não, exercícios respiratórios aumentam sua capacidade de lembrar seus sonhos. Os mais místicos vão dizer que é por causa do fluxo de prana, que fortalece seu espírito dando a ele uma melhor capacidade de relembrar. Os mais céticos vão dizer que seu cérebro apenas ganha mais lucidez por causa da hiperoxigenação dentro desses exercícios.  Consciência é uma coisa tão interessante, que o fato de ter consciência de algumas informações te leva a ser alguém realmente perigoso.. Uma bruxa consegue ser infinitamente pior que uma caça as bruxas. Alguém que consegue usar o próprio espírito para influenciar o espíritos dos outros é uma ideia no mínimo assustadora. Quantas outras poções são feitas e empurradas pela goela baixo dos homens que se perdem em suas núpcias com outras mulheres, que secretamente venderam a alma pro diabo? Alma, vem de anima, em latim, aquilo que anima. Ou seja, o espírito. Consciência. Então elas se venderam para o diabo. Mas a histeria coletiva não foi somente séculos atrás. Pelo contrario. Vamos relembrar um outro caso em que a consciência da população sobre uma bruxa levou a histeria. 
Fabiane Maria de Jesus (1980-2014) uma falsa notícia publicada na web, utilizando um retrato falado de um caso criminal ocorrido no Rio de Janeiro, acusando a mulher retratada como sendo sequestradora de crianças para a prática da bruxaria e rituais de magia negra no litoral de São Paulo. Uma página da rede social Facebook divulgou essa imagem, que foi associado por populares à Fabiane Maria de Jesus. Ela foi cercada por uma multidão, espancada e torturada. Morreu horas depois. Sua inocência foi provada posteriormente.
Mas uma noticia de ontem. Precisamos de algo de amanhã, alguma noticia sobre amanhã. Exercito evangélico destrói terreiros. Invade festivais wiccanos e uma briga generalizada. Evangélicos ganham cargos importantes no senado. Um presidente evangélico. Brasil para Cristo. Marginalização de praticas religiosas.  E a melhor parte de todas: eles estão certos. Existe uma teoria no mundo que quando uma pessoa acredita profundamente em algo, aquilo se torna real. Vocês todos já devem ter escutado sobre isso. É repetido dia após dia, entre exemplos místicos e mundanos - o poder da crença. Curas milagrosas feitas pela fé. Pedidos atendidos. Se até hoje a fé não moveu uma montanha sequer, ao menos gerou uma montanha de dinheiro para o Vaticano e posteriormente para o movimento milionário do evangelho.  Eu digo que eles estão certos porque eles acreditam que estão certos e que estão numa guerra contra o mal. Quando você olhar num espelho, vai ver que o espelho serve de uma auto afirmação sobre quem você pensa que é e seu papel na terra. Isso vale para todas as vezes que você olhar em um espelho e lembrar que ele foi inicialmente feito por um árabe que não era do ISIS. E lembrar que o instinto bélico da Ásia sempre foi bem a flor da pele e que cortar cabeças, sodomizar inimigos ou queima-los era uma pratica na guerra. O que hoje o ISIS faz, foi feito ontem por outros povos que viviam ali mesmo.  Talvez logo tenha isso no Brasil novamente também, levando em conta que o amanhã está sendo consumido pelas ideias da entropia evangélica que comungando com zumbis, criaram um exercito que amanhã você vai ficar sabendo que é maior do que o pensamos hoje. E eles estão certos. A certeza fortalece o espírito e o espírito fortalece a carne. É a fé que mais uma vez não foi explicada tem um poder sobrenatural sobre a nossa consciência. As crenças refletem na consciência e na forma de agir: Vivemos pelo o que cremos,é isso pode ser perigoso.






Reality Is An Ilusion,The uNIVERSE is a HOLOG4AM,YOUR BRAIN IS GOD!




 "O TODO é Mente -  O Universo é Mental" - O primeiro dos Sete Princípios Herméticos atribuídos a Hermes Trimegisto, o seu axioma é:Este Princípio contém a verdade que Tudo é Mente.
Um dos problemas não solucionados da neurociência é como e onde as memórias são guardadas. Pense em um copo de leite, pense na sua mãe, pense no Elvis Presley. Onde estavam estas imagens e lembranças antes de serem resgatadas por você?  Qualquer gosto, imagem, cheiro, frase, som ou memória que você pode evocar recebe em neurologia o nome de engrama. No final do século XIX os cientistas já estavam certos de que estes benditos engramas deveriam estar necessariamente em algum lugar dentro da caixa craniana e era só procurar. O grande problema é que até hoje não sabemos o que procurar porque ninguém sabe exatamente o que é um engrama fisicamente falando,porém existe uma teoria que tem sido muito aceita no mundo da neurociência: A Neuro Holografia,leia esse texto extraído do "Holography Handbook, Making Holograms the Easy Way", Unterseher, Fred; Hansen, Jeannene; Schlesinger, Bob; Ross Books, 1987.

O CÉREBRO HOLOGRÁFICO

Um dos grandes mistérios que nós temos encarado como espécie é a tentativa de entender os mecanismos dos nossos cérebros. Como nós processamos as informações, aprendemos, recebemos novos estímulos, raciocinamos e nos tornamos conscientes de nossa condição? Milhares de pessoas nos campos da neurofisiologia, filosofia, psicologia, educação, sociologia, religião etc.., têm tentado se voltar para estas questões profissionalmente. Todos nós provavelmente já debatemos o assunto individualmente. Mesmo com a enorme quantidade de dados que têm sido acumulada, existem ainda omissões fundamentais na descrição de como nós adquirimos estas funções básicas. Um dos maiores quebra-cabeças é a maneira pela qual o nosso cérebro armazena informação. Nenhuma relação uma-a-uma foi detectado entre uma determinada célula cerebral ou grupo de células e um pensamento particular ou memória. Se fosse assim, isto seria possível de ser verificado, pela remoção de áreas selecionadas do cérebro e observação da perda de uma característica particular aprendida. Já "um dos fatos mais estabelecidos, ainda que mais desconcertantes sobre os mecanismos do cérebro e a memória é que grandes destruições dentro do sistema neural não prejudicam seriamente a sua função". Lashly e outros descobriram isto pela primeira vez ao remover 80 a 99 % das estruturas neurais, como o cortex visual, em vários animais. Eles observaram que, inacreditavelmente, resultava em nenhum efeito sobre o reconhecimento de uma característica visual previamente aprendida. De alguma maneira, a informação estava armazenada em algum outro lugar.
Outros testes foram conduzidos onde áreas de todo o cérebro foram removidas ou embaralhadas na tentativa de destruir uma característica aprendida. Um pesquisador descreve suas mal sucedidas tentativas em fazer uma salamandra esquecer como comer." Em mais de 700 operações eu rotacionei, reverti, somei, subtraí e amontoei as partes. Fatiei, embaralhei, reembaralhei, desviei, encurtei, opus, transpus, justapus. Eu colei a parte da frente na parte de trás, pedaços da medula com pedaços do cérebro virados do avesso. Mas nada que pudesse matar no cérebro a idéia da tigela de mingau - nada, nada apagava a idéia de alimentar-se.
Lashley descobriu que "enquanto a intensidade da lembrança estava em proporção com a massa do cérebro, nenhum tipo de remoção do cérebro inteiro poderia interromper a lembrança totalmente. Isto o levou-o a postular que "a intensidade da memória depende da massa total do cérebro, mas a memória é registrada onipresentemente através do cérebro".
Pribram percebeu espantosas similaridades entre este conceito e a teoria holográfica convencional: "Nós podemos então distinguir dois aspectos da holografia que a tornam única como um dispositivo de armazenamento de dados: a primeira é que qualquer uma das suas partes é igual à soma de suas partes, porque a mensagem é reduplicada onipresentemente através de cada parte do holograma...a segunda característica é que o holograma grava a essência de um objeto e, então, uma repetidas superposições de essências fornecem os detalhes, as particularidades do objeto quando o holograma total é iluminado".
Como já relembramos, quando um holograma é feito, a informação sobre o objeto é armazenada em todos os lugares da placa. Se o holograma é partido, uma pequena parte ainda conterá uma perspectiva do todo. O único modo de eliminar a imagem completamente é jogar fora o holograma inteiro. Soa familiar? Na verdade, Rodieck demonstra "que as equações matemáticas descrevendo o processo holográfico encaixam exatamente com o que o cérebro faz com a informação".
Isto é mais que uma coincidência? Em caso afirmativo, então o que funciona como mecanismo de armazenamento? Onde está o padrão de interferência e de que tipo de luz ele é formado?
Nós relembramos que hologramas não precisam necessariamente ser formados com luz visível como o fazem nossas placas (por exemplo, hologramas acústicos ou mesmo ondulações num tanque). Eles podem ser formados na presença de qualquer ação ondulatória. E "não é necessária a presença de ondas físicas como as utilizadas para a criação de um holograma, mas antes um padrão de interferência, uma coeficiente de relações harmônicas". Assim, tudo que precisamos procurar é um mecanismo que crie padrões de interferência no cérebro e os armazene.
Vamos considerar o seguinte modelo: o cérebro é um holograma. A mente é a imagem holográfica. Os neurônios individuais são análogos aos grãos de prata na placa holográfica. Como os grãos de prata, cada neurônio carrega uma perspectiva extremamente limitada e tem uma importância real pequena. Como um agregado, entretanto, uma enorme capacidade de armazenamento de informação é obtida.
O sistema operaria da seguinte maneira: nova informação sensorial é recebida pelo cérebro. Esta nova informação não pode se auto-armazenar, mas já interage e interfere com toda a memória e experiência passadas do organismo."
As "experiências passadas" agem como um quadro de referência para os novos estímulos, ou quadros-objeto. Devido a isso, o armazenamento como um padrão de interferência pode ser realizado. Quase imediatamente este novo conhecimento se torna parte do background de referência formando um novo "feixe-referência". Agora a nova informação foi recebida, e ela interfere com sua nova referência. Então, a experiência de aprendizado acumulativo em processo é descrita como o meio pelo qual o novo é constantemente comparado com o velho, assimilado, e então usado para avaliar novos estímulos. O padrão de interferência resultante pode então ser armazenado onipresentemente através do cérebro como faria qualquer outro padrão de interferência. "O holograma neural (o cérebro) é continuamente exposto e reexposto ao ambiente em transformação, codificando assim um grupo de padrões de interferência em constante modificação que são lidos como um holograma temporariamente revelado, isto é, a mente, com seu modelo constantemente modificado da realidade e associado a pensamentos, memórias, imagens e reflexões".
O leitor astuto poderia perguntar: se a informação é distribuída através do cérebro, por que então certas áreas parecem se especializar em funções específicas? Pode-se influenciar a visão, a audição, o paladar e outros inputs pelo estímulo de áreas apropriadas do cérebro. Este aparente paradoxo pode ser resolvido ao considerar-se que, por analogia, em uma placa holográfica convencional, maiores densidades de franjas são localizadas em algumas áreas, menos em outras. Isto é porque a imagem pode aparecer mais brilhante quando se olha através de certas áreas da placa, e mais fraca onde talvez menos exposição ou proporção de feixe estão presentes. Nós podemos imaginar um fenômeno similar ocorrendo no cérebro, agindo como um tipo de holograma de canais múltiplos, com densidades variadas para diferentes características, localizadas em diferentes áreas específicas. Desde que áreas de maior densidade tenderão a agir como fontes de referência mais forte, novos inputs desta mesma natureza encontrarão um armazenamento mais eficiente nestes locais. Estas áreas se tornam então mais fortes nas suas funções especializadas pela ação redundante de um sempre crescente fotograma-referência. Agora, se uma seção do cérebro é removida, a informação será armazenada nas áreas remanescentes, apenas com a redução da capacidade de resolução. Esta deficiência pode muitas vezes ser compensada pela reaprendizagem através da repetição de uma característica particular ou construindo um novo fotograma-referência forte. Na realidade, é o que ocorre na reabilitação que se segue a um derrame.
Para ajudar a visualizar o sistema de armazenamento holográfico da memória em ação, nós podemos comparar o processo cognitivo de um adulto com o de uma criança recém-nascida.
Quando um adulto vê uma maçã, ocorre um reconhecimento quase instantâneo. O adulto, tendo visto, provado ou ouvido outros descreverem maçãs inúmeras vezes , necessita um pequeno input sensorial novo para uma identificação rápida e eficiente. O forte fotograma-referência "maçã" do adulto pode ser comparado a olhar um holograma com uma forte iluminação, produzindo uma imagem brilhante.
O bebê, por outro lado, não teve nenhuma experiência anterior com uma maçã para influenciar seu primeiro contato com ela. É verdade, existem processos cognitivos genéticamente obtidos que permitem algum grau de percepção do objeto, mas o reconhecimento da maçã como maçã ocorre apenas através de repetidas exposições a ela. O bebê começa com um quadro de referência fraco, mas a cada momento sucessivo, a interferência cognitiva acontece (a experiência do momento prévio é adicionada à memória do próximo momento, ou quadro de referência). A nova informação agora interfere com este novo produto. Eventualmente, este processo em andamento resulta na produção de um quadro de referência com força suficiente para requerer uma estimulação sensorial nova muito pequena para haver reconhecimento.
Pode-se ficar consciente deste processo em funcionamento. Tanto a interferência momento-a-momento quanto a momento-mais-a-soma-das-experiências-passadas acontecem neste sistema. Por exemplo, o adulto pode facilmente experimentar miragens ou ilusões através do processamento de informações visuais com quadros de referência poderosos. É possível, entretanto, com grande concentração, ver através da ilusão, pela substituição do quadro momento-a-momento com o quadro adulto usual empregando um "corpo" de maior experiência. Gradualmente, uma nova referência irá se impor, estilhaçando a velha ilusão.
Olhar através de miragens pode ser muitas vezes um difícil exercício. O que pode acontecer, entretanto, é que a interferência cognitiva entre os próprios fotogramas-referência possa ocorrer. Isto deveria gerar uma quase nova perspectiva dimensional,quase estereoscópica sobre o evento, permitindo um grande controle sobre a avaliação da situação. Verdadeiramente, esta nova interferência pode explicar o fenômeno da consciência, ou o conceito de "aquela pequena pessoa dentro da pessoa" que nós todos experimentamos.
Pribram discute como a "holografia de reconhecimento" pode funcionar de acordo com a teoria holográfica convencional. Suponha que quando estivermos fazendo um holograma nós usemos um feixe-referência de um espelho parabólico ou uma lente convergente para gerar um ponto. Quando o ponto é iluminado, ele irá recriar o objeto. Assim, se o objeto for iluminado, ele recriará o ponto! Um detetor colocado nesse ponto pode então "identificar" o objeto. Esta idéia pode ser levada um passo adiante pela criação de um holograma de dois objetos. O holograma pode ser reconstruído, naturalmente , com um feixe de iluminação tomando o lugar do feixe-referência original. A luz refletida de um dos objetos também pode ser utilizada para atuar como feixe-referência para o outro objeto. Se o feixe referência é bloqueado, e o objeto e o holograma não têm a posição modificada, mesmo que somente a luz objeto esteja sendo usada, um objeto irá gerar a imagem do outro. Nós acabamos de descrever uma relação associativa a qual, no caso do holograma neural, pode explicar porque um pensamento pode levar a outro. Em suma, Pribram nota que "memórias holográficas demonstram uma grande capacidade, processamento paralelo, endereçamento de conteúdo para rápido reconhecimento, armazenamento associativo para compleição perceptiva e lembrança associativa. A hipótese holográfica serve portanto não apenas como guia para o experiência neuro-psicológica, mas também como possível ferramenta no entendimento dos mecanismos envolvidos em problemas comportamentalmente derivados do estudo da memória e da percepção". E, como Ferguson notou, "a teoria de Pribram tem ganho crescente apoio e não tem sido seriamente desafiada".

HOLOCOSMOLOGIA

Talvez o tema central na Física seja tentar descrever precisamente, em termos consistentes, os mecanismos do nosso universo percebido. Uma das maiores dificuldades em uma ciência como esta, é que mais e mais dados se acumulam em relação à verificação das hipóteses, novas incertezas começam a surgir, resultando em mais perguntas sem resposta e explicações insuficientes.
Assim tem sido o caso na discussão de como matéria e energia moldam o nosso universo, e, mais fundamentalmente, o que é esta "coisa" que faz tudo ser o que é (justo quando nós pensamos que temos tudo solucionado, logo aparece um buraco negro para destruir todas as velhas teorias).
Nosso maior problema deve ser que quando vamos procurando respostas de como tudo funciona, nós descobrimos que nós estamos em desvantagem devido aos nossos próprios sentidos limitados. Leibniz percebeu isto no século XVIII, quando ele afirmava que tempo-espaço, matéria e energia eram todas construções intelectuais. Na física moderna dizemos que "o fenômeno físico é simples quando analisado localizadamente" ou relativo ao nosso quadro cotidiano de espaço e tempo.
Uma maneira de nós podermos entender isto conceitualmente é fazer uma viagem imaginária dentro dos trabalhos do átomo. Vamos dizer que estamos de pé sobre um piso de sólidas tábuas-corridas dentro de uma sólida construção, na sólida Terra, OK? Agora, nós começamos a encolher. O piso de repente agiganta-se sobre nós, poeira e sujeira parecem maiores. O piso de repente dá lugar a grandes fibras de madeira, separadas por grandes espaços. À medida que vamos encolhendo, nós observamos cadeias individuais de moléculas que parecem estar infinitamente ligadas umas às outras, cercadas por um mar de moléculas de ar com formas diferenciadas, saltando rapidamente por toda parte. Encolhemos um pouco mais e as moléculas dão lugar a átomos individuais. Nós estamos especialmente abalados pelos enormes espaços que existem entre os átomos, e concentramos nossa atenção em um para ver de que ele é feito. A casca exterior inexplicavelmente se dissolve e vemos um espaço vazio gigantesco. Depois do que parece ser uma eternidade, nós chegamos ao minúsculo núcleo no centro, e, à medida que continuamos a encolher, este aparente sólido se dissolve em nada. Estamos cercados pelo vazio. Agora, espere um minuto, para onde foi a matéria?
Talvez possamos olhar em direção à Mecânica Quântica para a resposta. Como recordamos da teoria holográfica, a luz pode ser descrita como sendo tanto partícula quanto onda. O mesmo com a toda a matéria.
"Sob a teoria quântica, cada quantum de matéria é tanto partícula quanto onda e permeia o universo: não existe matéria como tal, mas apenas probabilidades de densidades no continuum".
De acordo com a teoria, quando se observa uma partícula, como um elétron, por exemplo a regra é definir a sua exata localização apenas como uma "nuvem de probabilidades".
Nós não podemos saber exatamente onde ele está num tempo dado, mas podemos dizer que ele estará provavelmente em tal e tal lugar. Isto é muito pertubador, desde que estamos acostumados a definir a localização das coisas. Mas lembre-se que que a física não nos é mais familiar no nível microscópico. Ainda nos perturba que todos os fundamentos que fazem tudo no nosso "mundo consistente e sólido" não podem ser definidos no tempo e no espaço.
David Bohm, que trabalhou com Einstein, comenta que "o que aparenta ser o mundo estável, tangível, visível e audível é uma ilusão. Ele é dinâmico e caleidoscópico - e não está realmente lá". Bentov leva isto um passo adiante ao declarar "parece que a realidade real - a micro realidade - que subjaz a todo o nosso sólido bom senso é realmente fabricada, como se tivéssemos apenas testemunhado, de um vasto espaço vazio preenchido com campos oscilantes! Vários tipos de campos diferentes, todos interagindo uns com os outros". Em outras palavras, matéria é simplesmente um tipo especial de energia (da Teoria da Relatividade). Está claro então que a partícula realmente não existe, é apenas uma manifestação para os sentidos; nós só podemos percebê-la desta maneira quando isto se impõe ao nosso aparato sensorial como tal.
Mas...tudo que nós conhecemos é feito destas partículas!
Se a matéria pode ser reduzida a uma série de campos oscilantes sem posição determinada, então nossa descrição da localização da partícula não necessita de jeito nenhum estar limitada a onde nós "pensamos" que ela deveria estar. É na verdade possível dizer que para um dado instante no tempo ela pode existir em qualquer lugar, ou mesmo em todo lugar, desde que não há condições limitadoras colocadas pela natureza.
Bentov assim como Tiller investigou este fenômeno mais além. Primeiro, ambos fizeram a clara distinção entre o nosso universo percebido e o universo verdadeiro que pode existir além do nosso aparato sensorial normal. Então eles discutiram uma nova perspectiva sobre um dos mais básicos, ainda que menos entendidos conceitos em física moderna. Einstein postulava que a velocidade da luz era um limite absoluto, e resultados experimentais de testes da Teoria da Relatividade aparentavam confirmá-lo. Bentov e Tiller sustentam, entretanto, que matéria e energia podem se mover a velocidades maiores que a da luz, com ela servindo como limite da mais baixa velocidade obtível. Este conceito é ainda consistente com o da relatividade, com verificação experimental sendo dificultada, uma vez que não podemos ver coisas se movendo mais rápido que a luz. Não obstante, experimentos estão sendo pesquisados para estas partículas, chamadas táquions.
Bentov descreve a ação de um pêndulo, ou qualquer outro corpo deste tipo, quando suas partículas componentes individuais se movem em distâncias menores que a distância de Plank (10-33cm = 0,000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.1 cm!). A teoria Quântica mostra que é possível para uma partícula se mover de um ponto A para um ponto B dentro dessas pequenas distâncias sem necessariamente levar tempo algum para fazê-lo. Se ela realmente atravessa esta distância em tempo zero, então ela deve se mover a uma velocidade infinita para fazê-lo! Bentov então investiga a ação do pêndulo à medida que ele se move mais e mais lentamente no seu movimento ascendente até ele mudar de direção. Em um instante, este momentum é zero, o que significa que sua posição é realmente indeterminável.
Isto quer dizer que, por um período de tempo infinitesimal, o pêndulo poderia estar viajando a uma velocidade infinita e estar localizado em qualquer lugar ou em todas as partes do universo! Imediatamente depois deste instante, ele aparenta voltar para sua posição anterior.
Quando a partícula parece instantaneamente expandir para preencher o universo, o que acontece a todas as outras partículas que poderiam estar fazendo a mesma coisa? Elas são apenas empurradas para fora do caminho? Não, se partículas são realmente feitas de ondas. Se você olhar para duas partículas agora, que estejam expandindo ao mesmo tempo, nós temos uma condição similar ao velho modelo de duas pedras lançadas num lago inerte. Duas frentes de onda serão geradas, que passarão uma através da outra, interagindo em pontos específicos, causando interferências construtivas e destrutivas. Agora, se se imagina várias partículas, é possível se ver como um número quase ilimitado (ou, afinal, o grupo todo) de nódulos e anti-nódulos podem ser gerados.
Neste ponto, nós identificamos o seguinte:
1) Quando examinada de perto, descobre-se que a matéria é formada de energia.
2) Nós temos uma experiência sensorial limitada sobre matéria e energia, uma vez que a estamos utilizando para a visão de enormes agregados destes fenômenos. Nós podemos não estar vendo do que eles realmente são feitos.
3) Matéria não pode ser localizada precisamente no espaço e pode ser demonstrada a possibilidade de existir em qualquer lugar, ou em todos os lugares, uma vez que ela viaja a velocidades muito elevadas.
4) Se matéria é energia e viaja como ondas, estas ondas podem interagir e formar padrões de interferência.
Agora, vamos assumir que estivemos examinando o modelo acima de trás para a frente. Da Teoria da Relatividade, nós sabemos que a percepção de um evento é determinada pela posição relativa do observador. Do mesmo modo que observamos que nossa velha e confiável partícula subitamente se torna frenética e se expande no universo, nós vemos que é válido sugerir que a "partícula" é a condição frenética instantânea, e que nossa velha ordem confiável é na verdade esta condição onipresente expandida de toda matéria e energia. Isto deveria certamente ser consis tente com a natureza ilusória da partícula que nós descobrimos quando nós olhamos o átomo e achamos apenas campos oscilatórios.
Nós identificamos uma nova condição que é:
5) Energia, preenchendo todo o universo, que de repente, instantaneamente, "colapsa" para formar uma partícula.
Agora se nós combinarmos as condições 4 e 5 , somos levados a seguir a incrível postulação:
6) A Energia preenchendo todo o espaço, por necessidade, forma padrões de interferência, e fora desta condição completamente difusa, a matéria é instantaneamente formada.
Nós acabamos de descrever a criação de um holograma.
Nós podemos considerar agora o seguinte modelo: o universo opera holográficamente. A energia interage através de interferências construtivas e destrutivas, para formar hologramas que são percebidos como matéria. Exatamente como os hologramas óticos que fazemos nos dão a aparência de imagens tridimensionais não-existentes, a energia operando num nível mais básico de, talvez, densidade muito mais alta, forma hologramas que nós percebemos como objetos verdadeiros. Eles aparentam ser reais quando vistos como um agregado de nódulos infinitesimais de um padrão de interferência de onda estacionário.
No sentido de discutir a validade da cosmologia holográfica, certas condições de construção de um holograma precisam ser identificadas:
1) Como padrões de interferência de onda estacionária são formados, propagados ou se manifestam?
2) O que atua como radiação coerente?
3) Se a informação é armazenada onipresentemente através do sistema.
4) O holograma armazena todas as perspectivas do sistema, isto é, neste caso, ele abarca todas as dimensões de espaço/tempo?
Para recapitular resumidamente, ondas estacionárias ocorrem quando uma frente de onda toma uma aparência estacionária, enquanto a energia continua a passar através do sistema, com cada onda sucessiva tomando o lugar da anterior. Ondas estacionárias são geradas na reconstrução do holograma (ou na visualização do objeto verdadeiro, no caso da matéria) uma vez que, como o holograma continua a ser iluminado por um certo período de tempo, a mesma frente de onda continua a ser formada.
Está claro que, como nosso holograma ótico, as relações entre as ondas estacionárias devem ser mantidas através da "imagem inteira", ou, no nosso caso, através do universo, para explicar com consistência como todo o conjunto pode ser chamado um holograma. Se isto é verdade, então a energia deve passar através das partículas de tal maneira que produza a ilusão de estar sem movimento; ainda que a energia deva exibir movimento harmônico simples, e ser o resultado da interferência de algum sistema de radiação coerente. Como podemos detectar isto?
Bentov descreve como a mecânica ondulatória pode nos dar uma intuição para a consistência das ondas estacionárias.
Por analogia, quando uma corda vibra com uma relação integral entre seus comprimentos, resulta em uma onda estacionária de movimentos harmônicos simples. Este fenômeno pode ser demonstrado bidimensionalmente com partículas de areia sobre um folha de metal vibrada com um arco de violino. O mesmo tipo de ondas estacionárias pode ser também gerado num sólido: o padrão se amolda ao tipo de distribuição atômica encontrada no cristal.
Desde que o cristal esteja vibrando, ele pode ser chamado um oscilador. Se esse oscilador é posicionado próximo a um cristal similar, os dois irão eventualmente oscilar em fase, formando um "sistema ressonante em sintonia". É também o que acontece quando uma corda de violino vibrada deixa o resto do instrumento vibrando. Existe uma óbvia amplificação do som (energia). Se ainda mais vibradores são adicionados, eles irão somar com a força do sistema ressonante (como faz uma sinfonia). Suponha que estes osciladores são átomos. Com o número total de átomos no universo envolvido, a soma de energia gerada pode ser espantosa! E "quanto maior o número de osciladores dentro de um sistema, mais estável ele será, e mais difícil é perturbá-lo".
Então, nós deveríamos esperar ter uma visão extremamente consistente do comportamento estável de uma partícula no nível atômico, uma vez que os átomos mostram simples movimentos harmônicos. E eles realmente o fazem. Físicos descobriram vibrações harmônicas simples em todas as partículas básicas da matéria." Os átomos dos nossos corpos são como osciladores, vibrando à razão de 1015 Hz. É bem possível que nossos corpos cintilem "ligado e desligado" a esta altíssima taxa. Não existe meios de saber se isto acontece realmente assim, porque ainda não temos meios de registrar fenômenos tão rápidos".
Nós descrevemos um sistema pelo qual um conjunto de ondas estacionárias podem funcionar em fase, canalizando assim enormes quantidades de energia, através de um sistema ressonante e mantendo a estrutura de frentes de onda aparentemente sem movimento. No nível macroscópico, a existência da estrutura de base momento a momento, dá origem à ilusão de substância e consistência.
Se nós procurarmos por uma fonte de radiação coerente para este sistema, nós podemos esperar encontrar alguns problemas. Nós recordamos na nossa investigação sobre luz visível comum, que na verdade, é impossível ver a luz. Tudo o que pode ser sentido são os efeitos da luz no nosso ambiente. A luz em si é invisível; nós observamos apenas frentes de onda refletidas ou moduladas transformadas pelas limitadas propriedades óticas dos nossos olhos. Nós podemos esperar dificuldades similares com esta nova radiação coerente, com a desvantagem acumulada de termos um aparato sensorial incapaz de processar seus efeitos diretamente. Neste caso, poderíamos nos encontrar um passo a mais distante da verificação direta da sua existência. Nós podemos assumir que este é o caso, como seria razoável também esperar que esta energia teria que dar conta de todas as manifestações de espaço e tempo quadridimensionais, e portanto ter que operar fora deles em uma quinta dimensão ou superior. (Outras dimensões são difíceis de serem visualizadas por nós. Um excelente exercício para tentar visualizá-las está emSphereland, de Dionys Rheinboldt, Apollo, NY).
Nós descreveremos como a informação de uma dimensão que escapa à detecção através dos nossos sentidos ou instrumentos pode influenciar até mesmo a forma do universo que nós percebemos. Para um exemplo, vamos imaginar o seguinte cenário: Nós começamos com um "mar" de energia coerente com uma freqüência extremamente alta, que nós somos incapazes de perceber diretamente . A isto acrescentamos um outro mar de energia que é ligeiramente fora de fase em relação ao primeiro. Podemos esperar que o seguinte aconteça:
1) Interferências irão ocorrer separadamente dentro de cada "mar", formando nodos e anti-nodos.
2) Em relação um com o outro, os dois mares fora de fase irão gerar freqüências de "pulsação" (ou batimento) com períodos mais baixos que os originais. Uma freqüência de pulsação é uma onda secundária ilusória formada peladiferença entre duas ondas primárias.
3) Estas freqüências mais baixas poderão cair dentro do alcance do nosso universo perceptível. Agora, se isto é tudo que nós podemos ver, essas ondas ilusórias construiriam tudo que nós chamamos de realidade. Uma universal onda de fundo coerente pode ser indistinguível do vácuo do espaço vazio.
Tiller usa um excelente modelo para demonstrar a confusão entre substância perceptível e o vazio:
"Existe uma idéia bem conhecida na física, de que se você toma um cristal que está a temperatura de zero absoluto, ele não dispersa elétrons. Eles passam através dele como se ele estivesse vazio. Logo que você sobe a temperatura e produz heterogeneidades, eles se dispersam. Agora, se você usa aqueles elétrons para observar o cristal (focalizando-os com uma lente de elétron para produzir uma imagem), tudo que você veria seriam esta heterogeneidades e você diria que elas são o que existe e o cristal é o que não existe, certo?
Nós podemos observar, no modelo holográfico, que todas as informações sobre uma dada partícula estão presentes através do universo. Anteriormente nós vimos, no modelo de Bentov, como a energia pode "colapsar" para formar uma partícula, e então expandir a uma velocidade infinita para preencher o universo. Desta maneira, a informação uma dada partícula é transmitida para toda parte.
Bohm descreve uma outra analogia que demonstra muito claramente o conceito "a parte contida em todo o inteiro". Ela também permite um excelente método de visualizar a materialização da partícula. O modelo é baseado num experimento com uma gota de tinta insolúvel num vaso cheio de glicerina. O equipamento foi construído de maneira que o fluido poderia ser girado lentamente sem acontecer a difusão. Quando isto era feito, a gota de tinta se esticava num fio que finalmente se tornava invisível. Quando a ação de girar era invertida, subitamente a gota se tornava visível novamente. Bohm chama isto "a ordem envolvida ou implicada":
"Normalmente nós pensamos em cada ponto no espaço e no tempo como distinto e separado e todas as relações são entre pontos contíguos no espaço e tempo (mas) quando tomamos a gotinha e a envolvemos, é a coisa toda e cada parte desta coisa toda que interage com aquela gotinha. A matéria é como uma pequena ondulação num tremendo oceano de energia. E o oceano não está, a princípio, no espaço e no tempo
Bohm elabora no seu modelo relativo ao aparente paradoxo onda/partícula: "Nós envolvemos uma gotinha ao virar a máquina um certo número de vezes, "n" vezes. Nós colocamos agora uma nova gotinha num lugar ligeiramente diferente e a envolvemos "n" vezes. Mas enquanto isso a primeira é envolvida 2n vezes, certo? Agora nós temos uma sutil distinção entre a gotinha que foi envolvida n vezes e a que foi envolvida 2n vezes. Elas parecem iguais, mas se nós virarmos uma delas n vezes nós temos a primeira gotinha, e virando n vezes novamente, teremos a outra. Agora vamos fazer novamente com uma posição ligeiramente diferente de modo que ele gire n vezes, a segunda 2n vezes e a original 3n vezes. Nós o continuamos assim até colocarmos várias gotinhas. Agora nós invertemos a máquina e uma gota emerge e se manifesta à nossa visão, e a segunda o faz , e a próxima; então se isto for feito rapidamente, mais rápido que a resolução do olho humano, nós veremos uma partícula aparentemente cruzando continuamente o campo".
Estamos ainda diante da questão do porque alguns campos de energia parecem "estacionários" como matéria, enquanto outros se propagam através do espaço e do resto do espectro eletromagnético como luz. Einstein gastou a maior parte da sua vida pesquisando uma "teoria do campo unificado´ que ligasse matéria, energia e gravidade juntas. Nós discutimos como a existência de uma energia de super-referência coerente poderia estar por trás da construção de tudo; mas a verificação é difícil , e nós não temos uma explicação adequada de como esta energia se torna matéria e aquela se torna luz. Existe um fenômeno físico conhecido que poderia dar a resposta. É um corpo no qual todas as construções físicas fundem-se em uma entidade unificada. É, naturalmente, o buraco negro.
Para recapitular rapidamente, um buraco negro é uma área de matéria em colapso, tão densa que o campo gravitacional gerado é de tal magnitude que nada, nada, nem a luz, pode escapar. Nesta situação, espaço e tempo curvam-se para dentro um sobre o outro, e se tornam tão distorcidos que ambos se fundem naquilo que é chamado singularidade - eles se tornam uma entidade única. A definição de buraco negro, então, é a de um corpo ou agregado de corpos do qual nem a energia nem a matéria podem escapar, uma vez que a velocidade de escape é maior que a velocidade da luz ( isto está de acordo com a teoria geralmente aceita que coloca a velocidade da luz como o limite superior no universo).
Buracos negros, incidentalmente, não precisam ser limitados a um certo tamanho. Nossas observações daquilo que chamaríamos buracos negros comuns (o resultado do colapso gravitacional de estrelas massivas) são sempre o que nós, de fora, pensamos estar acontecendo do lado de dentro.
Nós podemos, ainda apoiando a nossa definição, descrever nosso universo visível inteiro como um único buraco negro. Se nos imaginarmos por um momento, saindo para o lado de fora do universo, nós observaríamos a totalidade do mesmo fenômeno. Estaríamos olhando para um sistema do qual nenhuma luz escapa. Por definição, também todas as propriedades de espaço e tempo apareceriam como um acontecimento único.
Stephen Hawking tem escrito alguns trabalhos extraordinários a respeito de mini buracos-negros. Ele tem demonstrado a viabilidade deste pequenos buracos, talvez do tamanho de uma ervilha, possivelmente formados durante a Criação. Então estamos diante da concepção de que buracos negros existem numa variedade de tamanhos e formas, adequados para cada ocasião. O próximo passo é imaginar o que aconteceria se buracos negros existissem no nível atômico. Na verdade, se existisse um pequenino buraco negro no centro de toda partícula de matéria, o que aconteceria?
1) Espaço e tempo se fundiriam em uma singularidade, e seriam indistinguíveis. É precisamente o que ocorre abaixo da distância de Plank.
2) A Relatividade não teria função dentro de cada buraco negro individual. Efeitos relativísticos maiores poderiam, entretanto, ser descritos como um agregado destas mônadas individuais.
3) Esperaria-se que o buraco negro "capturasse" matéria (outros buracos) sob certas circunstâncias, e a aniquilasse sob outras. O átomo é capaz de ambas as funções.
As implicações deste modelo para a holocosmologia são muito importantes. Ele possibilitaria um outro exemplo de como o todo está também contido em cada uma de suas partes. Ele também poderia descrever um outro mecanismo pelo qual , através de tremendas energias geradas por ressonância, como uma imagem consistente das partículas atômicas pode ser derivada. Ainda mais importante, entretanto, é que ele demonstraria como um
universo unificado composto de singularidades poderia ser responsável por todas as configurações de espaço-tempo que temos observado, com a distribuição destas propriedades sendo predominantemente holográficas por natureza.
A conclusão um tanto incomoda é que o mundo "real" de praias, beatles, rosas e salgadinhos talvez não exista, ou pelo menos não exista da forma como acreditamos caso o modelo holográfico esteja realmente certo e assim a linha entre ilusão e realidade se torna ainda mais tênue. Nessa caso, nossos sentidos são algo próximo ao antigo conceito hindu de Maya e o que realmente está la fora é algo semelhante à uma sinfonia de padrões de interferência; o reinado das frequências que é transformado no mundo real em conhecemos apenas quando passa pelo nossos cérebro. Se este for o caso, não é apenas o sabor do sorvete de morango e a voz do seu amor que são projetadas pela sua mente a partir dos padrões de ondas. É possível que o próprio conceito de espaço e tempo sejam uma invenção da nossa cabeça para tornar o universo um pouco mais fácil de engolir,em outras palavras o que os Hermes já dizia há muito tempo: Todo o universo é mente!

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