terça-feira, 27 de dezembro de 2016

2012 - Parte 1: O Projeto Nebuloso

parte 1 de 4: O Projeto Nebuloso 

Primeiro de janeiro do ano de 2012.


Era um dia ''normal''.Era uma  reunião normal no laboratório avançado da G.O.L.E.N.S (Giga Organização Libertadora Das Estruturas Neurológicas De Silício) no Oklahoma,EUA,Um bela e inteligente jovem loira loira de apenas 24 anos era a única daquela reunião  estava nervosa.. 

A Diana se formou em engenharia genética e ainda bem nova ganhou diversos prêmios por seu projeto fortemente inspirado por Thimothy Leary de   “desenvolvimento de organismos auto-reparadores à base de silício”. Sua habilidade em genética flertava com a computação. Softwares orgânicos,  Computadores bio-degradáveis, Próteses bio-mecânicas capazes de receptar sinais de rádio.As ideias que ela apresentava e se tornavam cada vez mais aceitas pela população em geral.Embora fosse jovem ela era realmente promissora  e tinha até alguns  dias de glória como cientista. Ela tinha muitos planos com a suas ideias porém precisava da autorização direta da G.O.L.E.N.S para que a sua tecnologia saísse de laboratórios mega avançados para inicialmente a  casa de cada americano.
No mesmo dia ela pegou um avião e foi diretamente para a sua velha e linda cidade suja aglomerada  de pessoas e  ratos , afinal de contas como ela mesmo vivia dizendo:  Uma Nova Yorquina como eu,não pode viver em outra cidade!

Segundo De Janeiro do ano de 2012  


Já havia se passado vinte e quatro horas e ela não parava de se preocupar com G.O.L.E.N.S pois afinal de contas falaram apenas que iriam pensar em seus projetos com um total descaso,ela já havia  tentado em vão controlar a sua ansiedade com café,doces e chocolates porém nada parecia fazer algum efeito,então ela pensou em encontrar o seu namorado em Maid Café.
O seu namorado Luke O'Reilly: um nerd estranho era exatamente a primeira vista o oposto da bela loira de olhos verdes que tinha um futuro brilhante,embora ele trabalhasse em animações todas suas ideias eram incompreendidas pelas as pessoas que não entendiam o seu humor negro e forma pela qual a sua arte funcionavam,o que o levou a estar atualmente desempregado e morando de favor na casa de um amigo...Mais embora eles eram opostos a primeira ainda sim tinham muito em comum,de forma tal que parecia que esse últimos seis meses duraram uns seis anos,,,,.
Naquele dia sem que a Diana percebesse Luke colocou um papel na bolsa dela,nele estava escrito:

Para a Diana



Toda vez que você olha pra mim todos os dias e te vejo:
Calma, serena,
paciente. 
Fico triste por que todos os dias 
eu entro pela porta daquele quarto, faço minhas coisas,
ouço minhas músicas, converso no telefone, perco meu tempo na
internet, arrumo minhas coisas, tiro coisas do lugar. Durmo tarde.
Acordo tarde. E poucas vezes noto seu olhar. 
Você me olha como o filho que falhou ou como um
amante ferido. Seu olhar, feito de afeto e sonhos. Seu perfume de
rosas 
Graças a Você eu estive aqui, repetindo minhas
palavras e meus desenhos. Insistindo em linhas que não representam
nada demais. 
Ainda que eu tente me livrar dessas linhas sem
sentido, ela me trás de volta e me mostra meu lugar. Meu lugar
criando riscos. 
Preso a esse ofício assim como agarrado à essa
glória, 
Eu tento não ligar, me desviar. Mas seu perfume
de rosas é destruidor, ele chama grita e clama. Como um desejo de
liberdade ou algo mais. 
Já esteve presente nas minhas palavras, meus
desejos, meus medos e meus traços. O perfume de rosas que acaricia
minha mente com inspiração. 
Minha musa, como madeira amarrada com flores, o
mistério da rosa e da cruz, o nascer e o sacrificar. Está em todas
as coisas, como a manifestação de uma deusa ou como a insistência
da discórdia em todas as coisas por onde olha na minha loucura.
Malandra, resolve se manifestar em horários não
propícios. Ama o silencio, ama a loucura. Fala com voz mansa e faz
poesia com vibrações vocais. Tem certeza sobre tudo que faz. Torna
os eventos belos e apaixonantes. Poderosa como um demônio de um
grimório antigo, linda como anjos descritos por antigos monges. 
Quem me dera fosse água para beber, quem me
dera fosse fogo para queimar,
Você é cheiro do perfume doce,fluida,
Você é uma grande rosa. Como
a mais pura ideia que surgiu como força motriz de manifestos. 
Sinto feliz de saber que você está aqui do meu lado.


Doze De Maio Do Ano De 2012

 Após quase um mês de negociação política, a G.O.L.E.N.S. (Giga Organização da Libertação das Estruturas Neurológicas de Silício) conseguiu após um acordo com boa parte da elite global para comercializar todos os projetos feitos pela a Diana,não demorou muito para reprodução em larga escala e agora todos os trabalhos sujos e pesados do Estados Unidos Inteiro eram feitas por robôs de prostitutas a faxineiros todos eram seres artificias,porém isso levou a debates e protestos,tanto a direita quando a esquerda estavam profundamente abaladas com a chegadas do seres sencientes,como a G.O.L.E.N.S por motivos conservadores  não liberava o aval dessa tecnologia para fora do país cada  cada vez mais  cresciam as ondas de xenofobia e patriotismo pelo o país,e embora agora o EUA fosse bem mais maior ele também estava cada vez mais divididos por contas dos seres não humanos.Há que dizia que eles eram gente como qualquer outra pessoa e que mereciam direitos também e já havia pessoas que diziam eles foram simplesmente criados para servir e todo o debate foi ainda mais alavancado quando um grupo  de punks estruparam e queimaram viva uma rôbo chamada Madelaine0101 e quando um candidato a Presidência dos EUA falou que iria proibir em todo o país o uso de qualquer  tecnologia que tenha sido feita em 2012,porém muito pouco se falava da criadora dessa tecnologia pois a G.O.L.E.N.S não deu devido credito a Diana com a desculpa idiota de que ela havia cometido muitos erros  e que oficialmente ela só seria uma das cientistas envolvidas no projeto,para a Diana pouca coisa mudou na vida dela agora as duas únicas diferenças era que no Maid Café as atendentes eram robôs(porém isso era algo que mau dava para perceber já que a diferença entre robôs e humanos e apenas no interior)  e que sempre ela se encontrava com o seu namorado ela tinha sensação de que um homem a seguia até aquele lugar e sentava em mesa aleatória ela temia de que fosse um homem de extrema direita  que descobriu que originalmente o projeto era dela e queria matar-la  por conta  disso,mais ela também temia estar paranoica. 





Treze De Maio Do Ano De 2012 

Existe um site no lado negro da internet chamado BigEye.com em que você poderia ate o dia treze de maio do ano de 2012 contatar o que supostamente seria uns dos melhores espiões do mundo que era conhecido até tal dia como o olho que tudo vê,em um dia qualquer de Janeiro de 2012 esse espião recebeu um depósito de cerca de meio milhão de  um grupo que se auto intitulava como Os Cavaleiros Do Santo Graal para simplesmente seguir uma moça de 24 anos chamada Diana que sempre frequentava um Maid Café que ficava perto da casa da mesmo,porém no dia treze de maio esse mesmo homem procurado pelo FBI foi encontrado com marcas de bala em baixo de uma ponte e com bilhete em teu bolso no qual estava escrito:
A alice deveria seguir o coelho,não o oposto,ela chegou a te ver e isso pode alterar o resultado final,você está dispensado,teu idiota!


Quatorze de Maio Do Ano De 2012 


A falsa criadora projeto de nano-tecnologia da Diana,a Lilly La-Bianca no dia treze de maio  foi encontrada nua e morta em seu apartamento com o sangue da mesma foi escrito na parede da sala '''Os Falsos humanos não iram roubar a América'''  depois teme muita coisa,ela recentemente está cada vez mais paranoica o que a leva a contratar uma detetive que usa o nome falsa de  Roberta McGeee que no quatorze de maio do ano de 2012 chega a conclusão de que ninguém a estava perseguindo mais que porém o namorado dela a estava traindo.  



Vinte De Maio Do Ano De 2012 


Após bastantes dias  de protesto e negociação política, a G.O.L.E.N.S. (Giga Organização da Libertação das Estruturas Neurológicas de Silício)  conseguiu que Seres Inteligentes que dependessem de estruturas artificiais para funcionar tivessem o mesmo direito de humanos comuns.  Logo após a decisão da O.N.U. de incluir seres artificiais nos Direitos Humanos, o namorado (agora ex ) de Diana após longas brigas abandonou ela para se casar com um" Exo-esqueleto Nano-robótico Senciente" chamado Ursula-IV que possuía a mesma forma da Diana e imitava a voz e a maneira de agir.



Trinta De Julho Do Ano De 2012 


A reação de Diana não foi das melhores,mas ela já estava bem melhor do que no dia vinte de maio,porém ela não aguentava mais ouvir alguém falar sobre robôs Ela se desligou de todos os projetos que envolviam melhoria na qualidade de vida dos organismos de silício e logos após de se desligar totalmente da G.O.L.E.N.S ela se dedicou a trabalhos menos glamourosos, como desenvolvimento de organismos biológicos resistentes à ambientes extremos.Sua intenção original era de ganhar o direito de colocar ratos geneticamente modificados dentro de vulcões reproduzidos em laboratório, apenas pelo prazer da destruição. Mas logo ela se viu cercada pelo trabalho e imergiu completamente na ideia.Então ela desenvolveu novas combinações de genes, para criar criaturas cada vez mais poderosas, e rapidamente se destacou também nesse ramo.Três Meses se passaram e ela já não sentia falta do Luke,ela finalmente havia se recuperado do seu último final de namoro.Porém no dia trinta de Julho o Luke recebeu uma visita estranha de dois homens de preto que pareciam pertencer a algum departamento de investigação do governo americano na porta de sua novo apartamento Nova Yorquino;  

 - Você é ex-namorado da Cientista Diana? - Perguntou um dos homens de preto.
? - Perguntou o outro homem de preto.
- Sim,eu sou,mais por que a pergunta?- Respondeu O'Relly
- Você trabalha com computação?- Perguntou um dos homens.
- Sim,estava desempregado porém recentemente fui chamado por um empresa e estou desenvolvendo um survival game pós apocalíptico chamado Attack Of The Dead Men.
- Já desenvolveu algum outro jogo? - Perguntou um dos homens na porta.
- Não,para ser sincero tentei desenvolver algumas outras coisas: foi um completo fracasso! - Respondeu Luke.
- Você tentou desenvolver algo chamado PinkConnection.Exe?- Perguntou o outro homem.
- Não,por que tantas perguntas estranhas? - Retrucou o entrevistado.
- Bem,estamos investigando esse jogo por que por algum motivo boa parte das pessoas que jogaram isso desapareceram misteriosamente deixando para trás apenas rumores,não temos certeza que esse jogo realmente existe pois tudo que temos é lendas de um misterioso jogo que faz lavagem cerebral nas pessoas ou coisas do tipo. - Disse o homem de terno preto.
- O que você acha?Você tá querendo me dizer?Que estamos no anime Digimon?Vivemos na vida real amigo,Hahahaha. - Respondeu o O'Relly.


Doze de Agosto do ano 2012 

A Diana recebeu em Doze de Agosto uma proposta de uma empresa:o projeto era patrocinado por uma empresa mineradora, que tinha interesse em extrair metais raros em planetas com atmosferas extremamente nocivas. Ou pelo menos esse era o interesse aparente. Quando Diana foi chamada para participar do projeto “Expansão de Horizontes” ela notou que esses planetas talvez estivessem mais distantes do que o imaginado.Eles estavam criando Portais dimensionais, portas de entrada para realidades paralelas, onde não só metais raros seriam encontrados mas todo tipo de matéria-prima jamais vista até a atualidade. Diana aceitou o trabalho, porém sentiu um leve receio. E, assim como fazia quando era adolescente, leu cartas de Tarot para saber seu destino. Até uma grande cientista pode ser abalada por uma crença boba. E definitivamente ela se abalou quando as cartas mostraram mortes, desgraças e sacrifícios.


Quinze De Agosto Do Ano 2012 


Um beco escuro, quase desabitado. Apenas duas sombras conversavam na escuridão. Dois jovens beirando os 16 anos, com uma atitude suspeita.
- E ai cara, trouxe a parada?- Perguntou o Adam.
- Trouxe. Tá tudo aqui nesse pendrive.
Ele levanta o pendrive, como se ele tivesse o peso de um estandarte e a inconveniência de um diário aberto. No aparelho havia uma etiqueta, que trazia os dizeres “PORNOZÃO SINISTRO 2001”
- Eu coloquei essa etiqueta pra ninguém suspeitar de nada. - disse o garoto com o pendrive.
- Eu fico te devendo essa.
Eles fazem a negociação. O pendrive iria voltar para o dono na semana seguinte, de maneira bem sigilosa. O garoto sai com o pendrive no bolso, com medo de ser abordado. Apesar do medo, ele consegue chegar em casa a tempo.
Averigua sua própria casa e percebe um silencio.
- Deve estar vazia - pensa o Adam e logo corre, com o pendrive e um mp4, para o computador.
Ele inicia o procedimento de transferência. A tela diz que demorará 30 minutos. Ele resolve tomar um banho. Desliga a tela do computador e vai até o banheiro...
Quando Adão finalmente terminou o banho o seu jogo já estava instalado.


Trinta De Agosto De 2012



Adão finalmente entendeu o que todos comentavam nas boates e internet sobre aquele estranho jogo,ele finalmente havia entendido depois de finalmente zerar totalmente o jogo,graças ao jogo ele acabou se juntando ao um grupo chamado Cavaleiros Do Santo Graal que se encontravam todas as terças em uma locadora de Vhs velha e abandonada toda meia noite,desde que se juntou a esse grupo e foi iniciado através de uma especie de lavagem cerebral com um vídeo estranho cheio de frames coloridos,mensagens liminares e LSD ele sempre 
Odiava admitir isso, mas não tinha uma namorada de verdade, nem amigos dpensou que sentiria o gosto da liberdade, mas só conseguiu se sentir mais idiota do que nunca. O gosto do último dia de aula era o mesmo de todos os dias: café ruim e cigarro de palha. Os fones de ouvido tocavam a mesma musica chata de sempre. Sentia um vazio por não ter o que fazer. E por não ter mais nada.(não era dessa vez que ele encontrou a liberdade que tanto sonhava e não sabia o que era.e verdade, nem interesses de verdade, nem mesmo uma família de verdade. A vida de Adam era uma vida de ilusões. 
Seus pais eram cristãos radicais que trocaram a criação do filho por gritos desconexos em um salão grande cheio de pessoas de terno. Seus amigos se importavam com ele tanto quanto o governo se importa com os movimentos artísticos de vanguarda. Sua namorada era um tanto confusa, aquele tipo de mulher que transa com desconhecidos e depois te liga às 3 da manhã dizendo que nunca mais vai apostar em um jogo de cartas.
O curso de economia ia bem, apesar de não conseguir entender exatamente o que significava todos aqueles números. Ele nunca foi muito bom com números. Também nunca foi bom com letras. Ele na verdade nunca tinha sido bom em nada.
Era noite e Adam estava sentado numa rodoviária,ele havia chegado naquela cidade e estava esperando um ônibus. Numa mão, café em um copo de plástico, na outra, um cigarro de palha.Duas mochilas ao redor. A rodoviária era grande e cheia de bancos, mas estava vazia e tinha cara de prédio abandonado. Na verdade, tudo naquela cidade. Adam olhou em volta e se lembrou de que, principalmente os hippongas dos cursos de humanas, chamavam o lugar de “Vila do Karma”, simplesmente por tudo ser tão feio e abandonado.
 “Eles nem sequer sabem o que significa karma” pensou Adam, silenciosamente.
Acendeu o cigarro (cigarros de palha têm a péssima mania de apagar o tempo todo) e deu uma tragada. “Faltam duas horas” pensou. Ele tinha perdido o ônibus e agora só restava ficar ali, esperando o próximo, num lugar feio e vazio.
Ou quase vazio.
 Um homem chegou na rodoviária. Ele usava um chapéu branco e um terno cinza amarelado, cerca de dois números acima do que deveria ser. Ele trazia uma pequena mala marrom, desgastada pelo tempo, e uma garrafa de água quase cheia numa das mãos.
Adam viu o homem e acompanhou-o com o olhar. O homem percorreu toda extensão dos bancos e se sentou alguns metros de onde estava Adam, mas na fileira de trás. Adam olhou novamente para frente e tornou a tragar seu cigarro.
 - Você vai para onde?- a voz do homem era morna e seca, como um mendigo que acabou de tomar banho.
 - O que?- Adam tinha entendido a pergunta, mas achou estranho o contato. Pensou que, talvez, o homem fosse um tipo de traficante ou molestador, mas ignorou o pensamento.
 - Eu disse “Você vai pra onde?”- o homem sorriu, como uma criança que esconde dinheiro dos pais, e continuou – Pode me responder, eu não sou nenhum tipo de traficante ou molestador.
 - Bem… Estou indo pra casa dos meus pais… – Mentiu Adam. Por um momento duvidou se tinha apenas pensado ou se tinha sussurrado o pensamento. - Eu não acho que você seja isso – completou a frase, mas ficou em dúvida se tinha feito certo.
 - Eu estou indo visitar minha família – O homem falou com uma voz confiante, embora bem desagradável – Meus pais já morreram, mas meus irmãos ainda estão lá. Consegui um tempo de folga na minha igreja para poder fazer isso. Sabe como é: a vida dedicada a Deus exige alguns sacrifícios.
 - Tá – Adam respondeu e virou novamente para frente. Estava começando a ficar confuso sobre o objetivo do cara. Afinal, ninguém sai se apresentando pra desconhecidos em rodoviárias vazias. Ou não.
 - Você é religioso? - o homem perguntou com a potência de um torturador.
 - Não, cara - Adam ficou na dúvida se tinha feito o correto. Temia que sua paz fosse perturbada por algum tipo de evangelizador chato, então tentou corrigir o que tinha dito – Eu acredito em deus, mas… Ele não me deu talento pra guiar as pessoas.
 - Porque você fala Deus com letra minúscula?
 - O que? - Adam começou a rir. Toda a cena estava cada vez mais absurda – Que porra cara – Adam riu com força e começou a achar que era uma pegadinha – Qual é a sua? Por que esse tipo de assunto?
 - Olha, eu sou só um pastor questionando um garoto o porquê de se distanciar de Deus.
 -Tudo bem, cara. Eu te digo o porquê. - Adam se recuperou da risada, respirou fundo, olhou para o pastor e disse – Deus não é nada mais do que uma criação de pessoas que não aceitam sua própria insignificância. Uma invenção perfeita, porque foi polida por séculos de medo do desconhecido. Deus existe apenas na mente das pessoas.
 O pastor olhou para baixo e deu um gole na água que trazia. 
- Então você acredita que Deus é uma ilusão, uma invenção humana.
 - Sim, acredito – Adam falou com orgulho daquilo. Realmente sentia que ser ateu era, pelo menos um pouco, superior à mentalidade comum.
 - Uma ilusão assim como fidelidade? - O pastor olhou para Adam, como se estivesse dando xeque mate em um jogo que se estendia por horas.
- Como assim? - De alguma forma Adam se sentia violado por aquelas palavras, embora elas ainda não significassem nada.
-Você ainda está com sua namorada, talvez você acredite que fidelidade não seja uma coisa tão importante – O pastor se levantou após essas palavras. Adam ficou perplexo por alguns minutos, até sacar que provavelmente tinha algo errado com esse cara.
 - Que porra é essa que você está falando? Foi você comeu ela, seu otário?- Adam continuou sentado, embora a raiva dominasse o corpo dele. Ele sabia que se começasse uma briga iria perder feio, então tentou se acalmar.
 - Adam – O pastor passou a falar com uma voz sublime e fresca, como uma brisa de primavera. - Eu não jogo pôquer e nunca usaria desses artifícios para seduzir a mulher de outro homem. - O pastor olhou para Adam e seus olhos se mostraram bonitos, como um felino selvagem. Se aproximou de Adam suavemente, como se seus pés fossem feitos de nuvens.
Ele sentou-se ao lado de Adam, colocou a garrafa de água no chão e a mala sobre seu colo. Pousou as mãos suavemente sobre a maleta. Então se virou para Adam e olhou profundamente em seus olhos.
 - Estou aqui porque Deus me enviou. Ele quer que eu te mostre algo. Algo que está nessa maleta. Você aceita essas condições? - O olhar do pastor se tornou mais penetrante e hipnótico.
 - Que condições? - Adam respondeu calmamente. O olhar do pastor deixava-o completamente dopado e manso.
 - Dentro dessa mala tem um objeto. Esse objeto é capaz de mostrar às pessoas o rosto do meu Deus. E ele é capaz de tornar a pessoa parte do meu Deus. E então o meu Deus será seu também – Todas as vezes que ele dizia “o meu Deus” soava como se fosse outra língua. Uma língua bonita, talvez falada apenas por anjos.
 - E é só isso? - Adam, em seu torpor hipnótico, se sentiu interessado. A proposta parecia irrecusável, parecia a solução de todo vazio e insignificância que ele sentia.
 - Não é apenas isso. Para fazer parte do meu Deus, você tem que fazer como eu e entregar uma parte de si para ele. Deus agirá na sua vida se você se entregar. Você está ciente disso?
 - Sim.
 -Eu vou abrir a mala, você poderá vê-lo. E também terá direito de escolher se deseja se doar ao meu Deus ou se deseja viver ao lado da morte. Você deseja isso? Deseja que eu abra a maleta? -Ele falava como uma criança que mostra sua coleção de figurinhas.
 - Sim.
 - Então diga que deseja.
 -Eu desejo ver seu Deus.
 - ESTÁ FEITO.
 O pastor rapidamente deslizou os dedos sobre a mala e a abriu. Os olhos do pastor se fecharam e sua face era a de um adolescente tendo o seu primeiro orgasmo. Adam olhou para a mala e sentiu algo como desespero, angústia e medo.
 Dentro da mala havia um espelho, cercado por um pano cor de chumbo. Adam viu o espelho e o espelho viu Adam. Havia um homem lá, mas não era Adam e não era o pastor. Havia um homem lá.
 O homem dentro do espelhou tinha a cabeça desproporcional e braços pequenos, com um feto, mas suas pernas eram longas, com pés atrofiados. Possuía olhos brancos de cego e rugas por todo o rosto, que se estendiam também pela careca. A barba espessa era da mesma cor dos pelos encaracolados que se estendiam por todo o corpo, completamente nu. Na mão esquerda segurava um terço com um crucifixo no final e, junto com uma orelha desproporcional, fazia peso naquele corpo frágil que se inclinava pra direita. Ele flutuava por um ambiente completamente negro e denso.  Além de tudo, o suposto deus babava uma baba espessa, que mais parecia um tipo de vômito branco constante.
 Adam sentiu a coisa do outro lado do espelho. Ela falou com ele em sua mente, de uma forma que apenas o álcool já tinha falado antes. Adam sentiu a presença daquela criatura grotesca pelo seu corpo, vasculhando, como um cão farejador. E então veio a náusea. Quando a criatura achou o que queria, Adam vomitou algo líquido, que não era café nem água. Adam vomitou algo que fazia parte dele mesmo, embora nem ele soubesse. Era como vomitar a própria mãe em um moedor de carne, ou jogar ácido sulfúrico nas genitálias. Era como se algo, intimamente relacionado com toda a concepção de vida que ele tinha, fosse regurgitado de seu corpo, num movimento agonizante e perturbador.
 Adam caiu para trás e, segundos antes de desmaiar, viu o pastor se levantando com um sorriso no rosto e a maleta fechada.
 - Obrigado por ser um idiota – foram as últimas palavras que Adam ouviu, antes de fechar os olhos e apagar completamente.
 ele então acordou, era apenas mais uma de suas alucinações que ele tinha desde quando era pequeno(e agora ele entendia por que)porém elas se agravaram mais depois que havia começado a jogar o  PinkConnection.Exe,e como se ele tivesse apenas piscado os olhos o ônibus que ele estava esperando já havia chegado.
Mais tarde naquela mesma noite foi então explicado sobre a sua missão: Ativar totalmente o código da variável da DianePinK-502 no dia 12/12/12 segundo impedindo as profecias maias sobre o mesmo fim do mundo,para que assim não se concretizasse o plano dos Demiurgos.



Trinta E Um De Agosto de 2012 

Diana recebeu uma carta sobre acunha do pseudo-nome Doctor YeHW no qual estava escrito:



Para Diana:

As profecias do Oraculo sempre se cumprem independente do que aconteça,
afinal de contas ele é onisciente e onipresente,praticamente: Deus.
Porém mesmo assim,quero ter certeza,
não tente sair do projeto: Ele é o teu destino
caso ignore esse aviso lhe faremos você ser obrigada a isso.
Abraços 

Doctor YeHW.


CONTINUA 

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